domingo, 1 de maio de 2011

Desfigurado.

Um belo dia, acordou o sol bem em cima de um indivíduo sem individualidade. E tal indivíduo, perturbado pela ausência de cuidado de tal astro plasmático, ergueu uma mão em palma perpendicular às sobrancelhas e resmungou qualquer coisa a si mesmo.

Caminhou por meia hora até chegar ao edifício. Entrou. Cumprimentou o segurança e o porteiro, ambos atrás da mesa de pseudo-mármore. Apertou o botão que solicita o elevador e esperou. Entrou na cabine. Apertou o número 15. Desceu no andar. Destrancou a porta de seu consultório, abriu a janela para a bela manhã de outono e esperou seus clientes.

E um a um eles saltavam pela janela em direção ao mundo desfigurado. E além. Rumo ao nada.

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