domingo, 8 de novembro de 2009

Interlúdio aleatório nº02

E ela jamais saberia que esse ar que ela respira não existe. Que ela respira ele, e que ele respira ela. E que somos todos estrelas num tecido tingido de céu, de espaço sideral, que adorna o fundo de um palco velho e quebradiço de um teatro abandonado, apodrecendo, sendo roído por traças, juntando mofo e ácaro, e nunca mais recebendo peça alguma ou visitante algum, até que alguma rodovia tenha que passar por ali e então derrube o recinto por cima de si próprio, ou então que algum fogo fugaz entre pelas janelas e portas, atravesse as paredes das estruturas gastas e dê um fim a toda essa demora desnecessária. A esse desperdício.

2 comentários:

  1. *-*



    /Eu quero tua coleção de livros! :(

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  2. A vitamina do café da manhã é feita de merda, a rosa do jardim está sozinha, comigo e a pedra.
    Quis voar, mas não voei. Porque querer é muito pouco. Quando eu puder, eu mesma me derrubo da terra e tomo urina tratada, por 1 real a garrafinha.

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